sábado, 25 de abril de 2009

QUEM É Jesus Cristo ?


DE ACORDO com relatos confiáveis, um homem chamado Jesus nasceu há mais de dois mil anos em Belém, uma cidadezinha da Judéia. Naquele tempo Herodes, o Grande, era rei em Jerusalém e César Augusto era imperador em Roma. (Mateus 2:1; Lucas 2:1-7) Em geral, os historiadores romanos dos dois primeiros séculos evitavam fazer menção de Jesus, visto que os governadores romanos da época procuravam reprimir o cristianismo.Por outro lado, o livro The Historians’ History of the World (A História do Mundo Segundo os Historiadores) observa: “A influência histórica das atividades [de Jesus] foi mais significativa, mesmo dum ponto de vista estritamente secular, do que os feitos de qualquer outro personagem da História. Uma nova era, aceita pelas principais civilizações do mundo, tem como ponto de partida o nascimento dele.”A revista Time relatou que foram escritos mais livros sobre Jesus do que sobre qualquer outro personagem da História, e muitos desses livros enfocam a questão da identidade de Jesus, ou seja, quem ele realmente é. Talvez esse assunto tenha causado mais polêmica do que qualquer outro na História humana.Perguntas sobre Jesus no início de seu ministérioQuando Maria recebeu o aviso de que teria um filho e que deveria dar-lhe o nome de Jesus, ela perguntou: “Como se há de dar isso, visto que não tenho relações com um homem?” O anjo de Deus, Gabriel, respondeu: “Espírito santo virá sobre ti e poder do Altíssimo te encobrirá. Por esta razão, também, o nascido será chamado santo, Filho de Deus.” — Lucas 1:30-35.Mais tarde, Jesus realizou milagres que deixaram os apóstolos maravilhados. Quando uma forte tempestade no mar da Galiléia ameaçou afundar o barco deles, Jesus acalmou as águas, dizendo: “Silêncio! Cala-te!” Perplexos, os apóstolos exclamaram: “Quem é realmente este?”— Marcos 4:35-41; Mateus 8:23-27.Jesus perguntou aos apóstolos quem as pessoas diziam que ele era, visto que, em seus dias, geralmente se faziam perguntas sobre a verdadeira identidade dele. Eles responderam: “Alguns dizem João Batista, outros, Elias, ainda outros, Jeremias ou um dos profetas” — todos os quais já haviam morrido. Mais tarde Jesus perguntou: “‘Vós, porém, quem dizeis que eu sou?’ Em resposta, Simão Pedro disse: ‘Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivente.’” Até mesmo os demônios — anjos iníquos — disseram sobre Jesus: “Tu és o Filho de Deus.” — Mateus 16:13-16; Lucas 4:41.Quem Jesus disse que eraJesus reconheceu que era o Filho de Deus, embora raramente se identificasse dessa maneira. (Marcos 14:61, 62; João 3:18; 5:25, 26; 11:4) Quase sempre, porém, ele dizia que era “o Filho do homem”. Por identificar-se assim, ele chamava a atenção para seu nascimento como humano — o fato de que ele era realmente um homem. Desse modo, ele também revelou ser o “filho de homem” que Daniel, em visão, viu aparecer perante o Deus Todo-Poderoso — “o Antigo de Dias”. — Mateus 20:28; Daniel 7:13.Em vez de dizer publicamente que era o Filho de Deus, Jesus deixou que as pessoas chegassem a essa conclusão. Isso aconteceu até mesmo com alguns que não eram seus apóstolos, incluindo João Batista e Marta, amiga de Jesus. (João 1:29-34; 11:27) Esses acreditavam que Jesus era o prometido Messias e sabiam que ele tinha vivido no céu como poderosa pessoa espiritual, e que Deus havia transferido milagrosamente a vida de seu Filho para o ventre da virgem Maria. — Isaías 7:14; Mateus 1:20-23.Semelhante ao primeiro homem, AdãoJesus era semelhante ao primeiro homem, Adão, em muitos aspectos. Por exemplo, os dois eram homens perfeitos que não tiveram pai humano. (Gênesis 2:7, 15) Assim, a Bíblia chama Jesus de “o último Adão” — um homem perfeito que podia servir como “resgate correspondente”. A vida de Jesus correspondia à do “primeiro homem, Adão”, que Deus criou como humano perfeito. — 1 Coríntios 15:45; 1 Timóteo 2:5, 6.A pessoa mais conhecidaO relato da vida de Jesus foi registrado por quatro de seus contemporâneos — Mateus, Marcos, Lucas e João — dois dos quais eram seus amigos íntimos. Os livros que escreveram, que levam seus nomes, são geralmente chamados de evangelhos, e partes deles foram traduzidas em mais de 2 mil idiomas. Esses livros pequenos são geralmente agrupados com outros para formar a Bíblia. A tiragem dos evangelhos — quer como livros avulsos, quer como parte da Bíblia — é muito maior do que a de qualquer outra obra escrita na História. Não é de admirar que Jesus seja mais conhecido do que qualquer homem que já viveu!A Bíblia chama o primeiro Adão de “filho de Deus”. (Lucas 3:38) Mas esse Adão perdeu sua preciosa relação como filho de Deus quando desobedeceu a Ele deliberadamente. Por outro lado, Jesus sempre foi fiel ao seu Pai celestial e permaneceu como Filho aprovado de Deus. (Mateus 3:17; 17:5) A Bíblia diz que todos os que exercem fé em Jesus e o aceitam como Salvador podem ganhar a vida eterna. — João 3:16, 36; Atos 5:31; Romanos 5:12, 17-19.No entanto, alguns afirmam que Jesus não é simplesmente o Filho de Deus, mas que na realidade é o próprio Deus. Dizem que tanto ele como o Pai são o Deus Todo-Poderoso. Será que estão certos? É Jesus de alguma maneira parte de Deus? Será que foi isso o que Jesus ou qualquer dos escritores bíblicos disseram? Afinal, quem é o único Deus verdadeiro? Quem Jesus disse que era Deus? Vamos examinar essas questões.“Quem é realmente este?”, perguntaram os apóstolos
JESUS orava freqüentemente a Deus, a quem chamou de Pai, e também ensinou outros a fazer o mesmo. (Mateus 6:9-11; Lucas 11:1, 2) Numa oração com os apóstolos — poucas horas antes de morrer — ele pediu: “Pai, veio a hora; glorifica o teu filho, para que o teu filho te glorifique. Isto significa vida eterna, que absorvam conhecimento de ti, o único Deus verdadeiro, e daquele que enviaste, Jesus Cristo.” — João 17:1, 3.Note que Jesus orou a alguém a quem chamou de “o único Deus verdadeiro”. Ao continuar orando, ele mostrou a posição superior de Deus: “De modo que agora, Pai, glorifica-me junto de ti com a glória que eu tive junto de ti antes de haver o mundo.” (João 17:5) Visto que Jesus orou pedindo para estar junto de Deus, como poderia Jesus ser ao mesmo tempo “o único Deus verdadeiro”? Examinemos essa questão.A posição de Jesus no céuJesus foi executado poucas horas depois dessa oração. Mas não ficou morto por muito tempo — apenas da sexta à tarde ao domingo de manhã. (Mateus 27:5728:6) O apóstolo Pedro disse: “A este Jesus, Deus ressuscitou, fato de que todos nós somos testemunhas.” (Atos 2:31, 32) Poderia Jesus ter ressuscitado a si mesmo? Não. Segundo a Bíblia, os mortos “não estão cônscios de absolutamente nada”. (Eclesiastes 9:5) “O único Deus verdadeiro”, Pai celestial de Jesus, ressuscitou seu Filho. — Atos 2:32; 10:40.Pouco tempo depois disso, o discípulo de Jesus, Estêvão, foi morto por perseguidores religiosos. Quando estavam para apedrejá-lo, ele recebeu uma visão. Disse: “Eis que eu observo o céu aberto e o Filho do homem em pé à direita de Deus.” (Atos 7:56) Assim, Estevão viu Jesus, “o Filho do homem”, na posição de apoiador de Deus no céu — “à direita de Deus” — assim como havia estado ‘junto de Deus’ antes de vir à Terra. — João 17:5.Mais tarde, depois da execução de Estevão, Jesus apareceu milagrosamente a Saulo, mais conhecido por seu nome romano, Paulo. (Atos 9:3-6) Em Atenas, Grécia, Paulo falou sobre “o Deus que fez o mundo e todas as coisas nele”. Disse que esse Deus, o “único Deus verdadeiro”, irá “julgar em justiça a terra habitada, por meio dum homem a quem designou, e ele tem fornecido garantia a todos os homens, visto que o ressuscitou dentre os mortos”. (Atos 17:24, 31) Nesse texto Paulo descreveu Jesus como “um homem” — inferior a Deus — que havia sido ressuscitado por Deus para viver no céu.O apóstolo João também descreveu Jesus como subordinado a Deus. Ele disse que escreveu seu evangelho para que os leitores cressem que “Jesus é o Cristo, o Filho de Deus” — não que ele é Deus. (João 20:31) João também recebeu uma visão celestial na qual viu “o Cordeiro”, identificado em seu evangelho como sendo Jesus. (João 1:29) O Cordeiro está em pé com 144.000 que, segundo João, “foram comprados [ou ressuscitados] da terra”. Ele explica que os 144.000 têm o “nome dele [do Cordeiro] e o nome de seu Pai escrito nas suas testas”. — Revelação (Apocalipse) 14:1, 3.Poderia “o Cordeiro” ser o mesmo que “seu Pai”? É claro que não. A Bíblia mostra que eles são pessoas distintas, que têm até mesmo nomes diferentes.O nome do Cordeiro e o nome do PaiComo acabamos de ver, o nome dado ao Filho de Deus, o Cordeiro, é Jesus. (Lucas 1:30-32) Mas qual é o nome do Pai dele? A Bíblia o menciona milhares de vezes. Por exemplo, o Salmo 83:18 diz: “Tu, cujo nome é Jeová, somente tu és o Altíssimo sobre toda a terra.” Infelizmente, muitas traduções da Bíblia substituíram o nome de Deus pelos termos “SENHOR” e “DEUS”. Em algumas traduções, esses termos são escritos com letras maiúsculas, supostamente para diferenciar Jeová de outros, chamados deuses ou senhores.* Mas muitas traduções da Bíblia restituíram o nome divino ao seu devido lugar.Um exemplo notável de uma tradução da Bíblia que restituiu o nome de Deus, Jeová, ao seu devido lugar é a American Standard Version (Versão Americana Padrão), de 1901, em inglês. Ela diz no prefácio: “Os revisores, depois de um exame cuidadoso, chegaram à conclusão unânime de que certa superstição judaica, que considerava o Nome Divino sagrado demais para ser pronunciado, não mais deve influenciar a versão em inglês ou qualquer outra versão do Antigo Testamento, visto que felizmente não influencia as muitas versões feitas por missionários modernos.”EGITOTríade de Hórus, Osíris, and Ísis, do segundo milênio AECPALMIRA, SÍRIA Tríade do deus-lua, Senhor dos Céus e deus-sol, c. primeiro século ECÍNDIADivindade trina hindu, c. sétimo século ECNORUEGATrindade (Pai, Filho, Espírito Santo), c. século 13 ECA Trindade — ensino de quem?Que dizer, então, do ensino de que Jeová e Jesus são, na realidade, o mesmo Deus, como afirma a doutrina da Trindade? A revista The Living Pulpit, no número de abril-junho de 1999, definiu o ensino da Trindade deste modo: “Há um Deus e Pai, um Senhor, Jesus Cristo, e um Espírito Santo, três ‘pessoas’ . . . que são as mesmas ou uma na sua essência . . . ; as três são igualmente Deus, possuindo as mesmas qualidades inerentes, mas pessoas realmente distintas, conhecidas por suas características pessoais.”#Onde surgiu esse complexo ensino da Trindade? A revista Christian Century, no número de 20-27 de maio de 1998, cita um pastor que reconhece que a Trindade é “um ensino da Igreja, em vez de um ensino de Jesus”. Embora a Trindade não seja um ensino de Jesus, será que está em harmonia com o que ele ensinou?O Pai — superior ao FilhoJesus ensinou seus discípulos a orar: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome.” A Bíblia descreve nosso Pai celestial, cujo nome é Jeová, como superior ao Filho. Por exemplo, Jeová é “de eternidade a eternidade”. Mas a Bíblia diz que Jesus é “o primogênito de toda a criação”. O próprio Jesus ensinou que Jeová é maior do que ele, quando disse: “o Pai é maior do que eu.” (Mateus 6:9; Salmo 90:1, 2; Colossenses 1:15; João 14:28, ALA) Mesmo assim, a doutrina da Trindade afirma que o Pai e o Filho são “igualmente Deus”.Nas orações de Jesus, pode-se perceber claramente a superioridade do Pai em relação ao Filho, bem como o fato de que o Pai e o Filho são pessoas distintas. Um exemplo disso é a oração que ele fez antes de ser executado: “Pai, se tu quiseres, remove de mim este copo [ou seja, uma morte desonrosa]. Não obstante, ocorra, não a minha vontade, mas a tua.” (Lucas 22:42) Se Deus e Jesus são um “na sua essência”, como afirma a doutrina da Trindade, como poderia a vontade de Jesus ser diferente da vontade do Pai? — Hebreus 5:7, 8; 9:24.Além do mais, se Jeová e Jesus fossem a mesma pessoa, como podia um deles saber de coisas que o outro não sabia? Por exemplo, com respeito ao tempo em que o mundo seria julgado, Jesus disse: “Acerca daquele dia e daquela hora ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai.” — Marcos 13:32.A Trindade e a IgrejaA Trindade não é um ensino de Jesus ou dos primeiros cristãos. Conforme mencionado anteriormente, é “um ensino da Igreja”. Na edição de 1999 sobre a Trindade, a revista The Living Pulpit observou: “Às vezes parece que todas as pessoas presumem que a doutrina da Trindade é um ensino teológico cristão padrão.” Mas acrescentou que não é “um conceito bíblico”.A New Catholic Encyclopedia (Nova Enciclopédia Católica, 1967) considera detalhadamente a doutrina da Trindade e reconhece: “O dogma trinitariano é, em última análise, uma invenção do final do quarto século. . . . A formulação de ‘um só Deus em três pessoas’ não foi solidamente estabelecida, por certo não plenamente assimilada na vida cristã e na sua profissão de fé, antes do fim do quarto século.”Martin Werner, professor da Universidade de Berna, Suíça, observou: “Sempre que o Novo Testamento considera a relação de Jesus com Deus, o Pai, quer com referência à sua vinda como homem, quer à sua posição como Messias, entende-se e descreve-se essa relação, sem dúvida nenhuma, como de subordinação.” Fica claro que Jesus e os primeiros cristãos acreditavam em algo muito diferente da doutrina da Trindade, ensinada hoje nas igrejas. Então, de onde veio esse ensino?A origem do ensino da TrindadeA Bíblia menciona muitos deuses e deusas que as pessoas adoravam, incluindo Astorete, Milcom, Quemós e Moloque. (1 Reis 11:1, 2, 5, 7) Houve uma época em que até mesmo muitas pessoas na antiga nação de Israel acreditavam que Baal era o verdadeiro Deus. Assim, o profeta de Jeová, Elias, pôs diante deles o desafio: “Se Jeová é o verdadeiro Deus, ide segui-lo; mas se é Baal, ide segui-lo.” — 1 Reis 18:21.A adoração de deuses pagãos agrupados em três, ou tríades, também era comum antes de Jesus nascer. “Do Egito vieram os conceitos duma trindade divina”, observou o historiador Will Durant. James Hastings escreveu, na Encyclopædia of Religion and Ethics (Enciclopédia de Religião e Ética): “Na religião indiana, por exemplo, há o grupo trinitário de Brama, Xiva e Vixenu; e na religião egípcia, o grupo trinitário de Osíris, Ísis e Hórus.”Portanto, existem muitos deuses. Será que os primeiros cristãos reconheciam isso? E será que eles achavam que Jesus era o Deus Todo-Poderoso?* Veja por exemplo o Salmo 110:1 na versão Almeida, revista e atualizada.# O Credo de Atanásio, elaborado algumas centenas de anos depois da morte de Jesus, definiu assim a doutrina da Trindade: “O Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus; e, no entanto, não são três deuses, mas Deus é um só.”QUANDO o apóstolo Paulo curou um aleijado em Listra, as pessoas gritaram: “Os deuses tornaram-se iguais a humanos e desceram a nós!” Chamaram Paulo de Hermes e seu companheiro, Barnabé, de Zeus. (Atos 14:8-14) Em Éfeso, o prateiro Demétrio avisou que, se deixassem Paulo continuar pregando, ‘o templo da grande deusa Ártemis seria estimado em nada’. — Atos 19:24-28.As pessoas no primeiro século — como muitos hoje — adoravam ‘os que se chamavam “deuses”, quer no céu, quer na Terra’. De fato, Paulo disse: “Há muitos ‘deuses’ e muitos ‘senhores’.” Mas ele também explicou: “Para nós há realmente um só Deus, o Pai”, e “há um só Senhor, Jesus Cristo”. — 1 Coríntios 8:5, 6.As pessoas de Listra chamaram Paulo e Barnabé de deusesSerá que Jesus também foi chamado de Deus?Embora Jesus nunca afirmasse ser Deus, a profecia de Isaías o identifica, como governante designado de Jeová, pelos termos “Deus Poderoso” e “Príncipe da Paz”. A profecia acrescenta: “Da abundância do domínio principesco e da paz não haverá fim.” (Isaías 9:6, 7) Portanto, como “Príncipe” — o filho do Grande Rei, Jeová — Jesus será o Governante do governo celestial do “Deus Todo-poderoso”. — Êxodo 6:3.No entanto, alguém talvez pergunte: ‘Em que sentido Jesus é um “Deus Poderoso”? E não disse o apóstolo João que Jesus é o próprio Deus?’ Na versão Almeida, revista e atualizada, João 1:1 diz: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” Alguns afirmam que “o Verbo” (ou “a Palavra”), que nasceu na Terra como o bebê Jesus, é o próprio Deus Todo-Poderoso. Será que isso é verdade?Se esse versículo for interpretado com a intenção de mostrar que Jesus é o próprio Deus Todo-Poderoso, isso irá contradizer a declaração anterior, “o Verbo estava com Deus”. Se uma pessoa está “com” outra, elas não podem ser a mesma pessoa. Muitas traduções da Bíblia, portanto, fazem uma distinção para tornar claro que o Verbo não era o Deus Todo-Poderoso. Por exemplo, algumas traduções da Bíblia dizem o seguinte: “a Palavra era um deus”, “um deus era a Palavra” e “a Palavra era divina”.*Versículos bíblicos que na língua grega têm uma estrutura similar à de João 1:1 usam a expressão “um deus”. Por exemplo, referindo-se ao rei Herodes Agripa I, as multidões gritaram: ‘É um deus que está falando’. E quando Paulo foi mordido por um cobra venenosa e não morreu, as pessoas disseram: “Ele é um deus!” (Atos 12:22; 28:3-6) Referir-se à Palavra como sendo, não Deus, mas “um deus”, está em harmonia com a gramática grega e com o ensino da Bíblia. — João 1:1.Veja como João identificou “a Palavra” no primeiro capítulo de seu evangelho. “A Palavra se tornou carne e residiu entre nós”, escreveu ele, “e observamos a sua glória, uma glória tal como [não a de Deus, mas] a de um filho unigênito dum pai”. Assim “a Palavra”, que se tornou carne, viveu na Terra como o homem Jesus e as pessoas o viram. Portanto, ele não poderia ter sido o Deus Todo-Poderoso, a respeito de quem João disse: “Nenhum homem jamais viu a Deus.” — João 1:14, 18.Alguém talvez pergunte: ‘Por que, então, quando viu o ressuscitado Jesus, Tomé exclamou: “Meu Senhor e meu Deus!”?’ Conforme já mencionado, Jesus é um deus no sentido de que ele é um ser divino, mas não é o Pai. Jesus tinha acabado de dizer a Maria Madalena: “Eu ascendo para junto de meu Pai e vosso Pai, e para meu Deus e vosso Deus.” Note, também, o motivo pelo qual João escreveu seu evangelho. Três versículos depois do relato sobre Tomé, João explicou que ele escreveu para que as pessoas ‘cressem que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus’, — não o próprio Deus. — João 20:17, 28, 31.Jesus disse a Maria Madalena: ‘Eu ascendo para meu Deus e vosso Deus’Quem é “o deus deste mundo”?Sem dúvida, há muitos deuses e, como vimos, os nomes de alguns deles são mencionados na Bíblia. No entanto, há muito tempo, pessoas que viram o poder de Jeová exclamaram: “Jeová é o verdadeiro Deus! Jeová é o verdadeiro Deus!” (1 Reis 18:39) Mas há um outro deus que também tem poder. A Bíblia diz: “O deus deste mundo cegou as mentes dos incrédulos.” — 2 Coríntios 4:4, Brasileira.Na noite antes de morrer, Jesus alertou seus discípulos três vezes contra esse deus, chamando-o de “o governante deste mundo”. Ele disse que esse poderoso governante, ou deus, seria “lançado fora”. (João 12:31; 14:30; 16:11) Quem é esse deus, e qual é o mundo que ele governa?Não é outro senão o anjo rebelde, Satanás, o Diabo. Como sabemos disso? A Bíblia explica que, quando Satanás tentou Jesus, mostrou-lhe “todos os reinos do mundo e a glória deles, e disse-lhe: ‘Todas estas coisas te darei, se te prostrares e me fizeres um ato de adoração’”. (Mateus 4:8, 9) Se Satanás tivesse oferecido a Jesus algo que não lhe pertencia, essa oferta de modo algum teria sido uma tentação. De fato, o apóstolo João declarou: “O mundo inteiro jaz no poder do iníquo.” — 1 João 5:19.Lembre-se que Jesus prometeu: “Agora será lançado fora o governante deste mundo.” (João 12:31) De fato, este mundo, ou sistema mundial, será eliminado junto com seu governante, conforme predito pelo apóstolo João: “O mundo está passando.” No entanto, João acrescentou: “Aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” (1 João 2:17) Vamos examinar agora os maravilhosos propósitos do único Deus verdadeiro e como podemos nos beneficiar deles.
JEOVÁ DEUS colocou o primeiro casal humano num paraíso na Terra — o jardim do Éden. Ele ordenou que tivessem filhos e que ‘sujeitassem a Terra’, o que envolveria expandir o lar paradisíaco à medida que sua família aumentasse. (Gênesis 1:26-28; 2:15) Será que o propósito de Deus, de que os humanos vivam num paraíso terrestre, se cumprirá algum dia?Com certeza! Segundo a profecia bíblica, “[Jeová] tragará a morte para sempre” e “certamente enxugará as lágrimas de todas as faces”. Quando isso acontecer, “certamente se dirá: ‘Eis! Este é o nosso Deus. Pusemos nossa esperança nele, e ele nos salvará. Este é Jeová. Pusemos nossa esperança nele. Jubilemos e alegremo-nos na salvação por ele’”. — Isaías 25:8, 9.O último livro da Bíblia descreve as condições que haverá na Terra depois que for eliminado esse mundo atual, ou sistema mundial, sob o domínio de Satanás. Com respeito à “nova terra”, composta de pessoas que amam a Deus, a Bíblia diz: “A tenda de Deus está com a humanidade, e ele residirá com eles e eles serão os seus povos. E o próprio Deus estará com eles. E enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor.” — Revelação (Apocalipse) 21:1-4.Que promessas maravilhosas! Será que podemos crer nelas? Considere como a morte sacrificial de Jesus e os milagres que ele realizou fornecem a base para confiarmos que Deus realizará tudo o que promete. — 2 Coríntios 1:20.Jesus dá sua vida como sacrifícioQuando Satanás induziu Adão a desobedecer a Deus e a pecar, todos os seus descendentes herdaram o pecado. “Assim como por intermédio de um só homem entrou o pecado no mundo, e a morte por intermédio do pecado”, diz a Bíblia, “a morte se espalhou a todos os homens, porque todos tinham pecado”. No entanto, a Bíblia continua: “Pela obediência de um só muitos serão constituídos justos.” (Romanos 5:12, 19) Como vimos no primeiro artigo desta série, Jesus é “o último Adão” — aquele que veio “do céu” — que deu sua vida como “resgate em troca de muitos”. — 1 Coríntios 15:45, 47; Mateus 20:28.Assim, todos os que exercem fé em Jesus podem ter “o livramento [do pecado] por meio de resgate” e ganhar a vida eterna. (Efésios 1:7; João 3:36) Com certeza podemos alegrar-nos de que Jeová amou tanto o mundo da humanidade que deu seu Filho como nosso Salvador! (Lucas 2:10-12; João 3:16) Uma análise do que Jesus fez no primeiro século a favor da humanidade fornece esclarecimento sobre o futuro. E o que ele fez foi realmente maravilhoso!Vislumbres de um novo mundoJesus curou todas as pessoas doentes que foram trazidas a ele. Não houve nem sequer uma pessoa a quem ele não pôde restaurar a saúde, independentemente da doença. Além disso, ele alimentou milagrosamente milhares de pessoas só com alguns peixes e pães, e fez isso em mais de uma ocasião. — Mateus 14:14-22; 15:30-38.Quando Jesus curou um cego de nascença, vizinhos e conhecidos reconheceram o milagre, mas os líderes religiosos judeus mostraram-se céticos. Assim, o homem que foi curado raciocinou com eles: “Desde a antiguidade, nunca se ouviu falar que alguém abrisse os olhos de alguém que nasceu cego. Se este homem não fosse de Deus, não poderia fazer nada.” — João 9:32, 33.Durante o ministério de Jesus, seu primo João, o Batizador, que estava preso, enviou mensageiros para saber se o que as pessoas falavam sobre Jesus era verdade. “Naquela hora”, diz a Bíblia, Jesus “curava a muitos de doenças e de moléstias penosas, e de espíritos iníquos, e concedia a muitos cegos o favor de verem”. Então Jesus disse aos mensageiros: “Relatai a João o que vistes e ouvistes: os cegos estão recebendo visão, os coxos estão andando, os leprosos estão sendo purificados e os surdos estão ouvindo, os mortos estão sendo levantados.” — Lucas 7:18-22.Pense nisso: Se no passado aconteceu algo bom, não lhe dá isso confiança de que pode acontecer de novo? Por realizar milagres, Jesus demonstrou em pequena escala o que fará durante seu governo como Rei do Reino de Deus. Seus milagres provam que ele foi enviado por Deus e que era mesmo o Filho dele.Durante o domínio do Reino de Deus, haverá um cumprimento literal de profecias que falam de coisas maravilhosas. Conforme predito, os cegos enxergarão, os surdos ouvirão, os aleijados saltarão como o veado e ninguém mais ficará doente. Também haverá paz e segurança em toda a Terra. Até mesmo os animais que hoje são perigosos estarão em paz com o homem. — Isaías 9:6, 7; 11:6-9; 33:24; 35:5, 6; 65:17-25.Isto é o que Deus promete para a TerraGostaria de viver para sempre nessas condições sob o domínio do Reino de Deus? Jesus mostrou o que você deve fazer, quando disse em oração ao Pai: “Isto significa vida eterna, que absorvam conhecimento de ti, o único Deus verdadeiro, e daquele que enviaste, Jesus Cristo.” (João 17:3) Que nada o impeça de continuar a absorver esse conhecimento que dá vida.

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